ARTIGO - A IMPORTÂNCIA DO PSICOPEDAGOGO NAS DIFICULDADES DE ENSINO
A IMPORTÂNCIA DO PSICOPEDAGOGO NAS DIFICULDADES DE ENSINO APRENDIZAGEM
RAILTON DA SILVA SAMPAIO
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo ressaltar a importância do psicopedagogo e as intervenções nas dificuldades de aprendizagem. Uma vez que, sabemos que o processo de ensino aprendizagem não se limita apenas em o professor ensinar e o aluno aprender, pois nem sempre isso acontece, não por fracasso de alguém, mas por se tratar de seres humanos, onde cada um apresenta suas especificidades. Logo, já se percebe a complexidade que pode acorrer nesse âmbito. E, quando se trata de aprendizagem, essa dificuldade vai mais além, pois nem todas as crianças têm o mesmo ritmo cognitivo. Com base nessas afirmações procuraremos mostrar a importância de um profissional na área da educação que possa contribuir para a resolução de tal dificuldade. O psicopedagogo é o profissional que pode contribuir para identificar dificuldades de aprendizado na criança como também promover intervenções que possam ajudar na resolução desses problemas.
Palavras-chave: Psicopedagogo. Intervenção. Dificuldades de aprendizagem.
1-INTRODUÇÃO
A dificuldade de aprendizagem vem sendo um problema bastante debatido e preocupante entre os profissionais de educação, suas causas podem estar relacionadas a fatores exteriores ao indivíduo ou inerentes a ele, decorrendo de situações adversas à aprendizagem como o déficit sensorial, abandono escolar, baixa condição socioeconómica, problemas familiares, cognitivos e neurológicos.
Esses são problemas enfrentados pelos professores e alunos do ensino fundamental de muitas escolas e que, sem um apoio adequado, dificilmente, as escolas conseguirão identificar para resolvê-los. Com base nessas afirmações, esta pesquisa visa, através de diagnósticos feitos em uma escola, mostrar a importância de um profissional da área da educação que possa intervir para resolução de tais problemas.
O psicopedagogo, como sabemos, é o profissional que procurará compreender mensagens, muitas vezes implícitas, sobre os motivos que levam as crianças a obterem resultados insuficientes na busca pelo aprendizado.
As escolas conseguem, através dos professores, identificar quais alunos apresentam problemas de aprendizagem, porém não conseguem descobrir qual é, exatamente, o problema e nem como resolvê-los, pois, todas ou a grande maioria das escolas não possuem, no quadro de funcionários, um psicopedagogo que tem como função identificar e planejar ações de intervenções para trabalhar as dificuldades da criança ou adolescente.
Sabendo disso, esta pesquisa enfatizará a importância do psicopedagogo para o diagnóstico de problemas que podem ser a causa das dificuldades de aprendizagem ou baixo rendimento nas atividades escolares. O que podem levar ao fracasso ou evasão escolar. Assim como exaltaremos a importância de métodos adequados, orientados pelo psicopedagogo e trabalhados pelo professor, durante as aulas, ou ainda pela família no cotidiano, para resolução dos problemas e, ou conflitos a serem evitados com o diagnóstico precoce, ou ainda soluções que podem contribuir para que não haja danos na aprendizagem.
Essa pesquisa se deu na escola Maria das Dores no município de Anapu, no Pará, onde, conversamos com professores, direção e coordenação pedagógica da escola, os quais nos informaram, de fato, que não possui, no quadro de funcionários um psicopedagogo. Admitem ainda, a dificuldade que encontram ao depararem com casos de alunos com dificuldades de aprendizagem.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 CONCEITO DE APRENDIZAGEM
A aprendizagem pode ser definida como uma modificação do comportamento do indivíduo em função da experiência. E pode ser caracterizada pelo estilo sistemático e intencional e pela organização das atividades que a desencadeiam, atividades que se implantam em um quadro de finalidades e exigências determinadas pela instituição escolar, Alves (2007).
O processo de aprendizagem traduz a maneira como os seres adquirem novos conhecimentos, desenvolvem competências e mudam o comportamento. Trata-se de um processo complexo que, dificilmente, pode ser explicado apenas através de recortes do todo (Alves 2007, p. 18).
Segundo Vygotsky, as aprendizagens se dão em formas de processos que incluem aquele que aprende aquele que ensina e mais, as relações entre essas pessoas. O processo desencadeado num determinado meio cultural vai se despertar os processos de desenvolvimento interno no indivíduo.
Para Piaget (1998) a aprendizagem provém de “equilibração progressiva, uma passagem contínua de um estado de menos equilíbrio para um estado de equilíbrio superior”. Diante dessa afirmação nota-se que a aprendizagem parte do equilíbrio e a sequência da evolução da mente, sendo assim um processo que não acontece isoladamente, tanto pode partir das experiências que o indivíduo acumula no decorrer da sua vida, como também por meio da interação social.
Aprender é um processo que se inicia a partir do confronto entre a realidade objetiva e os diferentes significados que cada pessoa constrói acerca dessa realidade, considerando as experiências individuais e as regras sociais existentes (Antunes 2008, p. 32).
Ainda de acordo com Piaget (1974) “a aprendizagem ocorre pela ação da experiência do sujeito e do processo de equilibração”. Essa afirmação demonstra que a aprendizagem não parte do zero, mas sim, de experiências anteriores, o indivíduo vai desenvolvendo sua capacidade de assimilação através da organização do esquema cognitivo.
A educação recebida, na escola, e na sociedade de um modo geral cumpre um papel primordial na constituição dos sujeitos, a atitude dos pais e suas práticas de criação e educação são aspectos que interferem no desenvolvimento individual e consequentemente o comportamento da criança na escola. Vygotsky (1984, p.87).
Na perspectiva de Vygotsky (1991) “a aprendizagem é o resultado da interação dinâmica entre a criança com o meio social”, sendo que o pensamento e a linguagem recebem influencias do meio em que convivem. O funcionamento cognitivo da mente está relacionado à reflexão, planejamento e à organização das estruturas lógicas e vai adequando-se a mediação simbólica e social.
De acordo com as teorias vistas anteriormente podemos perceber que o processo de aprendizagem não depende somente do indivíduo que busca o conhecimento, mas de uma série de fatores que podem influenciar e interferir nesse processo, trazendo benefícios ou mesmo problemas, como é o caso da dificuldade de adquirir determinados conhecimentos. Por isso, as dificuldades devem ser diagnosticadas e trabalhadas para não prejudicar a vida social da criança.
2.2 O PAPEL DA ESCOLA NO DIAGNÓSTICO DE PROBLEMAS LIGADOS AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
A escola é um dos agentes responsáveis pela integração da criança na sociedade, além da família. É um componente capaz de contribuir para o bom desenvolvimento de uma socialização adequada da criança, através de atividades em grupo, de forma que capacite o relacionamento e participação ativa das mesmas, caracterizando em cada criança o sentimento de sentir-se um ser social. Se a criança não se envolve com o grupo ou este não a envolve, começa a haver um baixo nível de participação nas atividades e, consequentemente, o isolamento que interferirá no desempenho escolar.
A escola tem um papel fundamental na vida social da criança, pois é o ambiente de maior convívio do aluno depois do convívio familiar, onde ela fará contatos com pessoas diferentes, ambiente novo, universo distinto do seu lar, onde terá acesso a novos conhecimentos. Com um leque de possibilidades, a criança pode apresentar comportamentos diferentes como problemas de convívio social ou outros como problemas de dificuldades de aprendizagem, que geralmente, são diagnosticados dentro das salas de aula, pelos professores. Tais dificuldades podem ser percebidas nas crianças que não tem um bom rendimento escolar em uma ou mais áreas, mostrando problemas na expressão oral, compreensão oral, expressão escrita com ortografia apropriada, desenvoltura básica de leitura, compreensão da leitura, cálculo matemático entre outros.
São problemas que podem estar relacionas a fatores interno ou externos como disfunção do sistema nervoso central, e podem acontecer ao longo de toda a vida, deficiências auditivas ou visuais ou podem estar também associados a essas dificuldades de aprendizagem, problemas socioeconômicos, familiar, ou ainda problemas relacionados às condutas do indivíduo, percepção social e interação social.
O novo, a princípio, pode assustar a criança criando uma barreira entre ela e o conhecimento, ou vontade de aprender, às vezes, não se trato de um problema de dificuldade de aprendizagem, mas apenas um bloqueio causado por uma situação não vivenciada antes.
A criança deixa o professor sem saber como trabalhar com ela. Ela não aprende, mas não apresenta qualquer incapacidade particular. A recusa em aprender é um ato agressivo diante de seu fracasso e frustração. Ao entrar na escola, pela primeira vez, a criança perturba-se devido à dificuldade que encontra na transição da família e do aprendizado informal, para o convívio com estranhos e o aprendizado formal. Isso pode lhe causar um transtorno, a princípio, e confundir o professor que pode imaginar que há algo de anormal com essa criança.
“Dificuldade de Aprendizagem (D.A.) é um problema que está relacionado a uma série de fatores e podem se manifestar de diversas formas como: transtornos, dificuldades significativas na compreensão e uso da escuta, na forma de falar, ler, escrever, raciocinar e desenvolver habilidades matemáticas. Esses transtornos são inerentes ao indivíduo, podendo ser resultantes da disfunção do sistema nervoso central, e podem acontecer ao longo do período vital. Podem estar também associados a essas dificuldades de aprendizagem, problemas relacionados às condutas do indivíduo, percepção social e interação social, mas não estabelece, por si próprias, um problema de aprendizagem. (GARCÍA, 1998, p. 31-32)”.
Enquanto que, Campus (1997) acredita que o problema da dificuldade de aprendizagem nas escolas é proveniente de fatores reversíveis e não há causas orgânicas. Embora muitos alunos que sentem dificuldades em aprender, mostram-se felizes e acomodados, outros apresentam problemas emocionais, muitos desistem de aprender e demonstram não gostarem da escola, questionam sobre sua própria inteligência, ficando socialmente isolado da realidade escolar, isso muitas vezes faz com que aluno deixe de acreditar que a escola o proporcionará um futuro melhor, levando-o a evasão escolar.
Com tantos questionamentos, cabe a escola o papel de diagnosticar os problemas para tentar solucioná-los de forma a reestruturar a vida escolar da criança ou adolescente, desenvolvendo métodos que sejam, de fato, eficazes.
Gusmão (2001) aponta as dificuldades de aprendizagem como uma falha no processo da aprendizagem que ocasionou o não aproveitamento escolar. Refletindo não apenas em termos de falhas na aprendizagem, como também no ato de ensinar, essas dificuldades não se traduzem apenas em um problema próprio do sujeito aprendiz no que diz respeito a competências e potencialidades, mas sim em série de fatores que envolvem direta ou indiretamente o processo de ensino.
Quando o aluno não consegue aprender começa a ficar desmotivado, perde o interesse pela escola, muitas vezes apresentam problemas comportamentais e também transtornos emocionais. Para Furtado (2007):
Quando a aprendizagem não se desenvolve conforme o esperado para a criança, para os pais e para a escola ocorre a "dificuldade de aprendizagem". E antes que a "bola de neve" se desenvolva é necessário a identificação do problema, esforço, compreensão, colaboração e flexibilização de todas as partes envolvidas no processo: criança, pais, professores e orientadores. O que vemos são crianças desmotivadas, pais frustrados pressionando a criança e a escola. Furtado (2007, p. 03)
2.3 A OPINIÃO DA DIREÇÃO E COORDENAÇÃO DA ESCOLA MARIA DAS DORES COM RELAÇÃO À PRESENÇA DE UM PSICOPEDAGOGO NA ESCOLA
Em entrevista com a direção da escola municipal Maria das Dores, no município de Anapu, sobre a participação de um psicopedagogo nas atividades da escola, os mesmos responderam que, muitas vezes, ficam sem saber como agir diante de determinadas situações, pois não tem, no corpo pedagógico da escola, um psicopedagogo, que poderia solucionar problemas que geralmente aparecem dentre os alunos. Com um pouco mais de 1500 alunos em 2015, a escola disponibiliza de um diretor, um vice-diretor, três coordenadores, que atuam na parte burocrática e mais dois coordenadores que lidam com questões referentes aos alunos, porém, essa coordenação pedagógica não lida diretamente com as crianças, fazendo apenas algumas intervenções imediatas quando necessário. A direção da escola admite ainda, que, para lidar com alguns problemas encontrados no decorrer do ano, seria necessária a presença constante de um profissional especializado na área para resolver determinadas questões referentes às dificuldades de aprendizagem.
Os coordenadores vêm tentando fazer seu papel da melhor maneira possível, no entanto, nem todos os problemas podem ser resolvidos por eles.
Na tentativa de solucionar algumas dificuldades de aprendizagem detectadas nas crianças, a escola entra em contato com a família. Ao comunicar, a escola busca na família um apoio e maior participação nas atividades escolares.
Quando a escola busca, na família, uma sustentação para tentar amenizar tais problemas de dificuldade de aprendizagem, pode ao invés de solucioná-los, encontrar outros problemas, pois com um público tão amplo, há alunos provenientes de famílias com estruturas diversas. Desde problemas socioeconômicos, ou de má estruturação psicológica, e ainda, pais ou responsáveis sem formação primária ou, mesmo, completamente analfabetos. Tudo isso, pode interferir diretamente na aprendizagem de algumas crianças. Por isso, seria necessário o acompanhamento do profissional psicopedagogo, pois no momento em que tais problemas são detectados o mesmo entraria com projetos de intervenção para, juntamente com a família, trabalhar estas dificuldades de aprendizagem, porque quanto mais cedo tratadas, melhores será o aproveitamento da criança nas atividades e, maior será sua participação em atividades e interação social.
2.4 A IMPORTÂNCIA DO PSICOPEDAGOGO NA ESCOLA
O psicopedagogo pode desenvolver diversas atividades no contexto escolar ou fora dele; cabe a esse profissional o papel de mediador, para agir diante da criança com dificuldades de aprendizagem. Para isso, deve ser capacitado e responsável, além de incitar a confiança por meio de comportamentos éticos, a todos os quais se dirige, para que seu trabalho tenha pleno sucesso e eficácia, amenizando o sentimento de exclusão que uma criança que não consegue aprender sofre.
O psicopedagogo precisa estar atento à cultura, à história, enfim, ao contexto social das escolas e famílias, para orientá-las de forma a conseguirem um resultado mais efetivo.
Muitas dificuldades de aprendizagem não estão relacionadas diretamente com problemas na criança ou adolescentes, podem ser decorrentes de metodologia inadequada, professores desmotivados e incompreensivos, brigas e discussões entre colegas, entre outras. Por isso, há necessidade de um profissional competente que possa trabalhar, juntamente com a escola, para um diagnóstico mais eficaz.
A escola deve ser a segunda casa do indivíduo, um lugar onde ele possa se sentir bem e entre amigos, contar com a professora sempre que precisar ou sempre que tiver um problema familiar. (Outra causa de dificuldades de aprendizagem) e manter contato com os outros membros da equipe escolar, como coordenação pedagógica, por exemplo.
Ao identificar uma dificuldade de aprendizagem é preciso uma avaliação, e a partir dos resultados obtidos, deve ser planejada ações de intervenção pedagógica. Problemas de aprendizagem precisam ser identificados e trabalhados, o profissional deve conhecer o conjunto das variáveis e a origem do problema para que possa trabalhar de forma específica e tentar resolver.
Leite (1998) relaciona o fracasso escolar a fatores extraescolares como a realidade socioeconômica a que está inserida a maioria da população brasileira, resultantes das relações de trabalho e pobreza. E também a fatores interescolares como a distância cultural entre a escola pública e sua população formação inadequada de professores e problemas de natureza metodológica.
2.5-METODOLOGIA DA PESQUISA
Os dados da pesquisa foram coletados mediante entrevista feita na escola municipal Maria das dores, em Anapu, no Pará.
Entrevistamos a direção e coordenação da escola com objetivo de coletarmos dados sobre a escola, o público que a mesma assiste (alunos) e os casos de dificuldades de aprendizagem detectadas nos alunos por professore, além de tentar descobrir suas opiniões a respeito da participação de um psicopedagogo nas atividades da escola e sua importância para um bom desempenho de alunos com dificuldades de aprendizagem.
Iniciamos a entrevista perguntando a quantidade de alunos matriculados na escola no ano de 2015. E nos responderam que a matrícula inicial chegava a mil e quinhentos alunos, sendo que esse número poderia estar um pouco maior devido ao número de alunos recebidos no segundo semestre, mas não ultrapassaria trinta, o número de alunos recebidos.
Então aproveitamos para perguntar de onde vinham esses alunos. Informaram-nos que, por ser a maior escola da sede do município, quase todos os alunos eram encaminhados para essa escola desde alunos vindos das vicinais próximas como de outras escolas da sede ou, mesmo, de outros municípios.
Sobre os profissionais ligados à área da gestão informaram-nos que a escola possui um diretor, um vice-diretor, três coordenadores que lidam com questões burocráticas e mais dois coordenadores que trabalham diretamente com professores e alunos. Sobre os coordenadores que trabalham com questões referentes aos alunos nos disseram que para a quantidade de alunos da escola seria importante que houvesse mais profissionais para lidar com vários problemas que surgem, e que muitas vezes não tem como revolvê-los.
Ao perguntar sobre projetos ou programas presentes na escola, nos informaram que a mesma oferece um programa do governo federal, para trabalhar com crianças com necessidades especiais, e que já vem sendo implantado na escola desde o início deste ano. Esse programa oferece educação especializada para alunos com alguma deficiência, mas os professores que trabalha nesse programa não possuem formações especifica.
Perguntamos a respeito de um psicopedagogo e sua importância para a escola e nos informaram que a escola não possui. Nem está, nem outra escola do município, mas que sabem da importância deste profissional para o desenvolvimento das atividades escolares e o funcionamento da mesma. Fomos informados das dificuldades que encontram ao se depararem com alunos que apresentam dificuldades como no caso de dificuldades de aprendizagem, pois muitas vezes não sabem como agir diante de tal situação, uma vez que, nem todos os casos podem ser diagnosticados com exatidão para poder ser trabalhados de acordo com sua importância.
Os entrevistados nos informaram ainda que mesmo sabendo da importância do psicopedagogo nas escolas, o município ainda não possui muitos profissionais da área da psicopedagogia e seria difícil encontrar esses profissionais para trabalhar em todas as escolas do município.
3-CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com algumas teorias, percebe-se que nem todas as dificuldades de aprendizagem estão ligadas diretamente a fatores internos, pois como afirma Garcia, essas dificuldades:
Podem estar também associados a essas dificuldades de aprendizagem, problemas relacionados às condutas do indivíduo, percepção social e interação social, mas não estabelecem por si próprias, um problema de aprendizagem. GARCÍA, (1998, p.31-32”).
As crianças com dificuldades de aprendizagem, geralmente não conseguem um bom desempenho na vida escolar. A sua capacidade intelectual parece congelar fazendo com que o seu desempenho na escola seja inconsistente. Os alunos com dificuldades de aprendizagem podem manifestar comportamentos problemáticos, apresentarem problemas como falta de atenção, distração, perca do interesse por novas atividades, deixar atividades ou trabalhos inacabados, dificuldade para seguir instruções do professor, começa a faltar às aulas dentre outros.
Nesses casos é necessário que haja planos de prevenção nas escolas para que os alunos recebam a atenção adequada para não haver perda do interesse pelas atividades ou para não resultar em abandono escolar. As escolas devem buscar formas de prevenção nas propostas de trabalho, preparar os professores para entenderem seus alunos, diferenciar um a um, respeitar o ritmo de cada um. A escola deve ser um ambiente onde as crianças possam sentir-se bem, amadas e sempre alegres.
Não havendo o psicopedagogo na escola, é essencial que outro profissional possa trabalhar as dificuldades de aprendizagem e a escola também deve promover meios para que essas crianças sejam atendidas de forma adequada para não terem prejuízos ou trauma que possam interferir em sua vida social posteriormente.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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